Voltei, não disse. Pois é, estava na CBN, ouvindo o Sardenberg, e tive uma boa notícia. O filme Cinema, aspirinas e urubus, do pernambucano Marcelo Gomes, produzido pela mineira Vânia Catani (rsrsrs), está sendo exibido no Festival de Cinema de Manaus. Em maio, ele foi apresentado no Festival de Cannes e ganhou o prêmio da Educação Nacional, concedido pelo Ministério da Educação da França. No início do mês, ganhou o Troféu Bandeira Paulista,da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Foi a primeira vez que um diretor brasileiro levou o troféu. Como vêem, é um filme já viajado e premiado. Só nós que ainda não vimos.
Eu pelo menos não vi, mas tenho certeza de que é coisa boa, se não a Vânia não estaria metida nessa história, né Juju? Achei um resumo da história na internet e vou adiantar um pouco o assunto para o público potencial, nós mesmos, pobres mortais. Eu pelo menos gosto de saber do que se trata, antes de sair de casa para ir assistir a um filme. Então, Cinema, aspirinas e urubus conta a viagem, pelo Nordeste do Brasil, de dois homens: um alemão que fugiu da guerra e um brasileiro que tenta escapar da miséria do sertão e da seca. A dupla, montada num caminhão, passa a exibir, para uma platéia absolutamente atônita e faminta de cultura, filmes patrocinados pela fabricante da aspirina. Contei o quê, agora o como só vendo, né? Deve ser muito bacana, como foi Narradores de Javé.
Quem quiser ler uma entrevista do diretor Marcelo Gomes, vou colar o link em algum canto desse poste. Descubram, se forem capazes!
Vinho de Rosas
Esse eu vi e recomendo, mas continuo na fila de espera para ver de novo. Os paulistas também já viram, há umas duas semanas atrás, durante 29ª Mostra BR de Cinema e a Mostra Internacional de Cinema. E aqui, mais uma vez, tem o dedo de Minas: na direção e no roteiro, pra não falar nos atores. Vinho de Rosas, de Elza Cataldo, conta a história de Joaquina, filha única e legítima de Tiradentes, que foi separada da mãe quando tinha apenas três anos. O filme consumiu sete anos de pesquisas, estudos e muita paixão, além de trabalho, trabalho, trabalho. É fascinante! A fotografia é belíssima! E juntando tudo isso com o jeito delicado como Elza contou a história, entra pra lista dos imperdíveis também. Eu não perco.
PS: Não vou falar dos meninos franceses, que agora estão trancafiados dentro de casa. Não vou falar da decisão de Villepin de recorrer a uma lei de 1955 e decretar estado de emergência na França. Não vou falar que, além do toque de recolher, essa lei permite as buscas domiciliares sem mandado judicial, sempre que a autoridade policial desconfiar de que ali, naquela casa, alguém esconde uma arma! Isso é lá com os franceses. Eles é que devem se entender. Mas fico temendo e desconfiada de que o que a futura geração, o que os meninos de Paris estão pedindo é outra coisa. Sei não.
Tô indo de novo.
Com certeza, volto. Mas só de repente, no susto.
beijins
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