Foto: Pesquei na rede, mas é uma autêntica blue moon
Estão acompanhando? Além das lembranças, teremos de encontrar um campo florido ou uma flora numa esquina da cidade, e espalhar calêndulas, verbenas, violetas, prímulas e tomilho pelos caminhos que iremos seguir. E precisaremos levar mel, leite, manteiga, pão, e cristais, para deixarmos como oferendas às rainhas das fadas. Ah!, e não se esqueçam, teremos de fazer também um bulezinho de chá de artemísia, para nos ajudar a ver melhor tudo o que está por vir. E colham algumas gotinhas de orvalho para passarmos nas pálpebras, são fantásticas para clarear nossa visão.
Pois era exatamente assim que as mulheres celtas faziam, quando chegava a noite da Lua Azul. E nesta quinta-feira, é dia dela novamente. Será uma oportunidade, como poucas. Em média, a Lua Azul dá o ar da sua graça apenas uma vez a cada dois anos e sete meses; ou sete vezes a cada dezenove anos; ou ainda trinta e seis vezes num século. Aproveitemos! Não sei pra quê, mas aproveitemos, pois ela é a guardiã de todos os ciclos de transformação, a mãe das mudanças.
Meninas, tomem cuidado! Ou não, aproveitem! Façam suas escolhas. Mas, seja qual for, essa quinta-feira, indiferentemente, irá nos reservar grandes surpresas. Sim, poderemos nos mirar no exemplo das mulheres celtas. E, como elas, invocaremos Aeval, Aine, Aynia, Bri, Creide, Mah e Sin, as rainhas das fadas. Se tivermos sorte, elas entrarão de sentinela. Mas, para isso, tentem se lembrar. Tentem, tentem! Nem que seja só de um detalhe: um som, uma luz, um vento, um aroma, um sabor, um sonho qualquer de criança. Uma só lembrança e as rainhas das fadas se darão por satisfeitas e nos conduzirão para Sidhe, as colinas encantadas, morada do Povo Pequeno.
Estão acompanhando? Além das lembranças, teremos de encontrar um campo florido ou uma flora numa esquina da cidade, e espalhar calêndulas, verbenas, violetas, prímulas e tomilho pelos caminhos que iremos seguir. E precisaremos levar mel, leite, manteiga, pão, e cristais, para deixarmos como oferendas às rainhas das fadas. Ah!, e não se esqueçam, teremos de fazer também um bulezinho de chá de artemísia, para nos ajudar a ver melhor tudo o que está por vir. E colham algumas gotinhas de orvalho para passarmos nas pálpebras, são fantásticas para clarear nossa visão.
Pois era exatamente assim que as mulheres celtas faziam, quando chegava a noite da Lua Azul. E nesta quinta-feira, é dia dela novamente. Será uma oportunidade, como poucas. Em média, a Lua Azul dá o ar da sua graça apenas uma vez a cada dois anos e sete meses; ou sete vezes a cada dezenove anos; ou ainda trinta e seis vezes num século. Aproveitemos! Não sei pra quê, mas aproveitemos, pois ela é a guardiã de todos os ciclos de transformação, a mãe das mudanças.
Segundo li num e-mail que recebi, a Lua Azul, assim chamada por ser a segunda lua cheia num mesmo mês, nos ensina a importância de seguir nosso caminho sem nos deixar desviar por ilusões que interferiram em nossas visões. E cada vez que nos transformamos, realizando nossas visões, uma nova perspectiva e compreensão se abre, permitindo-nos alcançar outro nível na eterna espiral da evolução do espírito. A última visão a ser alcançada é a decisão de simplesmente ser. Sendo tudo e sendo nada, eliminamos os rótulos e definições que limitam nossa plenitude. Perceberam a importância dessa quinta-feira?
Mas diferente das mulheres celtas, que interpretavam o fenômeno da Lua Azul como uma oportunidade favorável para o contato com o Reino Encantado dos seres da natureza, outros povos criaram novas versões, menos politicamente corretas, para a mesma história. É a segunda opção. O folclorista canadense Philip Scock, após ter pesquisado indícios da origem da Lua Azul, afirma que a expressão é usada desde o século XVI para representar uma lua cheia especial, perigosa, onde pode acontecer o desatino e a alucinação.
A Lua Azul é associada, então, a perigos e desvario, a desafios emocionais difíceis de viver que requerem humildade e despojamento. É considerada um acontecimento de muita força magnética e poder espiritual, onde acontecem profundas purificações emocionais. Se assim for, o melhor, nesta quinta-feira, é ficarmos bem centradas e muito responsável com tudo que fizermos, evitando os confrontos e os excessos. Então, recolham-se! Voltem-se para dentro e deixem-se ficar onde ninguém poderá encontrá-las, até sexta-feira chegar. Acho essa opção esquisita, mas tem gosto pra tudo, né?
Uma semana cheia de inspirações e uma alegre quinta-feira em companhia de todas as fadas.
Para quem tem dúvidas, não se preocupe, Fernando Pessoa também não tinha tanta certeza, embora desejasse.
A Lua
Fernando Pessoa
A Lua (dizem os Ingleses)
É feita de queijo verde.
Por mais que pense mil vezes
Sempre uma idéia se perde.
E era essa, era, era essa,
Que haveria de salvar
Minha alma da dor da pressa
De... não sei se é desejar.
Sim, todos os meus desejos
São de estar sentir pensando...
A Lua (dizem os Ingleses)
É azul de quando em quando.