sexta-feira, junho 08, 2007

Eu acredito em notícias!

Já disse que meu teclado está programado para não perder o foco. Não vou nem tentar escapar, porque será inútil. Mas vou ficar rodeando o mesmo tema e passear pelas trilhas que surgirem ao longo do caminho. Sem pretensão. Sem compromisso. Vou fazer como Caetano, andar contra o vento, por entre fotos e nomes. O sol não se reparte mais como antes. Mas a luz que vem da televisão se espalha pela sala. Explode em guerras, protestos e marchas. Em caras de presidente, em longas filas de espera. Em bocas, pernas e banners. Luminosos e merkel, putin e bündchen.

A banca de revistas agora é em realtime e está on line. Mas, assim como antes, me enche de alegria e preguiça. Pra que ler tanta notícia? E por que não? Eu vou. Eu tomo um capuccino de baunilha. Ele pensa no dow jones. E o som do rádio me distrai. Eu vou. Por entre taxas e câmbios. Sem livros e sem outras referências. Sem links nem celular. No coração do planeta. Ele nem sabe, até pensei em gravar um podcast. O som das ruas. Dos carros, dos bares, das cadeias, das calçadas. Eu vou. Agora. Por que não?

Mergulhada num mar de informações, respiro versões, visões e farsas. Delas tiro um ponto, acrescento uma vírgula e invento outra história. Quem ainda acredita em notícia? É livre a expressão. Independentemente de licença. O pensamento não tem restrição. Navega na rede. Google nele! Sai por um portal. Uol, uai, g1. Escapa pelas janelas. Youtube, blogblogs, fóruns, e-mails. Pimenta nos olhos, lá no mundo dela, jamill, verbo transitivo, obvius e blonicas. Interney, underground virtual, as latrinas da vida. Pensar enlouquece. Pense nisso. Espera, estou pensando.

A sopa de letrinhas está cheia de temperos. Tem todo tipo de gosto. Virou obra coletiva. Wikinal. Now. Internacionalizou-se. Pluralizou-se. Globalizou-se. Por isso nem Chávez, nem bush. Nem as rctvs, cisneros, globos, cnns, warners, sonys e bbcs. Nem as públicas, nem as estatais, nem as privadas. Mesmo que tentem. Hoje a voz tem muitos donos. Eu não acredito em notícia. Acredito em notícias. Várias versões. Estou vivendo perigosamente, sem dúvida. Rompi com a ordem das editorias. Minha lente agora é multifocal. Substitui a objetividade pela subjetividade. E é dela que tiro a minha compreensão do mundo. Estejam servidos!

Um fim de semana na diversidade, sem legendas. Ao som das notícias em várias línguas e versões.

Buenas.


PS: E pra não dizer que não falei de flores, vai um linkizinho só para distrair. Basta um computador e um fone de ouvido. Mas tem que ser com o fone de ouvido e de olhos fechados! Agora divirtam-se na vida real com uma experiência inédita de realidade virtual. Com vocês, o Barbeiro Virtual! Como separar uma da outra?


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