Trilhas alternativas: sempre com Caetano Veloso, em "a foreign sound": Smoke gets in your eyes ou Jamaica Farewell
Só sei que o que existe de vivo dentro de nós é sopro. É vento puro que nos empurra pra frente e pronto. Tem vez que rodopia e nos leva para um lado ou para um outro, até bem diferente daquele que imaginávamos. Tem vez que é furacão. Nos joga fundo, mas é de um lado para o outro. Joga com vontade mesmo e, onde damos de cair, entramos de cabeça e alma seja lá no que for. É a variação que mais gosto e a que tenho mais receio também, porque é nessas horas que a gente costuma também quebrar a cara. E aí, esse sopro que é vento dentro da gente pode virar um ciclone e nos fazer ficar rodando sem direção alguma. Aí já não gosto. Prefiro a calmaria. Quando o vento vira sopro de novo, e fica só aquela brisa. A gente dando tempo ao tempo. Mas seja qual for a previsão dos ventos, o que existe de vivo dentro da gente é sopro. É fugaz. É instante. Não mais que isso. A gente é que se ilude e acha que é história. Mas não é. É quase nada no tempo do mundo. É segundo, se muito. E se está aqui, não está mais. O que existe de vivo dentro de nós é tão ligeiro que nos escapa. Mas se foge das nossas mãos é porque tem de ir mesmo. É o rumo que deu de seguir. Só isso.
Um dia de calmaria para todos. Se quiserem, furacão.
Buenas
3 comentários:
Gosto de sentir este vento. Até mesmo os furacões. É vida afinal. Lindo post!
Ah! Deixei um post sobre o seu comentário na entrevista do Ernesto. Adorei!
Beijos!!!
Prefiro a exatidão do que acalma, cala o sentido com absoluto silêncio de harmonia e paz.
bj
Olá... ñ conhecia seu Blog... vim pela indicação do meu velho conhecido Márcio Pimenta... mas gostei do seu Blog... parabéns e suecsso!!!
Postar um comentário